Tu, que me assombras em pensamento
Como espectro da imaginação
Esqueço-te, quando lembro,
De um dia ter-te em mim,
For-te tu, um dia, argúcia em sentimento,
Contanto, agora, lembro-me que,
em pensamento, já te esqueci.
Tu és vexame alucinatório,
Lembro-me, quando, em outrora
Tu, em mim, for-tes quase tudo,
Mas, no quase tudo ficou,
De alucinação com tempo cessa,
O que não cessa, é quando penso
"Mas será que nunca deixo
De lembrar que te esqueci?"
J. Sousa
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