sábado, 28 de novembro de 2020

Saudades

Devolva-me o abraço que te dei
abraçando-me outra vez
O sorriso ocultado em minha face
reacenderá mais uma vez
Que não seja efêmero
mas sim eterno dessa vez
Só para sentir o toque
pelo menos uma última vez
Ou quem sabe voltar no tempo
e deixar chegar a minha vez
Dando-lhe minha própria vida
para que você possa viver mais uma vez

_ Wilane Henrique

sábado, 21 de novembro de 2020

A Lista

Faça uma lista de grandes amigos
Quem você mais via há dez anos atrás
Quantos você ainda vê todo dia
Quantos você já não encontra mais

Faça uma lista dos sonhos que tinha
Quantos você desistiu de sonhar
Quantos amores jurados pra sempre
Quantos você conseguiu preservar

Onde você ainda se reconhece
Na foto passada ou no espelho de agora
Hoje é do jeito que achou que seria
Quantos amigos você jogou fora

Quantos mistérios que você sondava
Quantos você conseguiu entender
Quantos segredos que você guardava
Hoje são bobos ninguém quer saber

Quantas mentiras você condenava
Quantas você teve que cometer
Quantos defeitos sanados com o tempo
Eram o melhor que havia em você

Quantas canções que você não cantava
Hoje assobia pra sobreviver
Quantas pessoas que você amava
Hoje acredita que amam você

Faça uma lista de grandes amigos
Quem você mais via há dez anos atrás
Quantos você ainda vê todo dia
Quantos você já não encontra mais

Quantos segredos que você guardava
Hoje são bobos ninguém quer saber
Quantas pessoas que você amava
Hoje acredita que amam você

_Oswaldo Montenegro

quinta-feira, 19 de novembro de 2020

Casamento

Há mulheres que dizem:
Meu marido, se quiser pescar, pesque,
mas que limpe os peixes.
Eu não. A qualquer hora da noite me levanto,
ajudo a escamar, abrir, retalhar e salgar.
É tão bom, só a gente sozinhos na cozinha,
de vez em quando os cotovelos se esbarram,
ele fala coisas como “este foi difícil”
“prateou no ar dando rabanadas”
e faz o gesto com a mão.
O silêncio de quando nos vimos a primeira vez
atravessa a cozinha como um rio profundo.
Por fim, os peixes na travessa,
vamos dormir.
Coisas prateadas espocam:
somos noivo e noiva.

_Adélia Prado

quinta-feira, 5 de novembro de 2020

Meu Brasil Brasileiro

“Meu Brasil, brasileiro”
sua história não é antiga
dizem que começou em 1500
mas já sabemos que é mentira
apesar de descoberto
um povo aqui já vivia

Um povo que foi explorado
Foi-se o pau-brasil
Um povo que foi colonizado
Foi-se suas terras
Um povo que foi escravizado
Foi-se a liberdade
Um povo que foi catequizado
Foi-se suas crenças

Meu Brasil, brasileiro
O país da miscigenação
os africanos aqui chegaram
infelizmente, para escravidão
mesmo depois de libertos
o preconceito não foi embora não
a tese do branqueamento
foi considerada a solução
o homem branco e europeu
era visto como o mais inteligente e o padrão
e o Brasil meu amigo
foi o ultimo a abolir a escravidão

O preconceito ainda existe
são os traços da escravidão
te daremos um exemplo
dessa situação
negros morrem todos os dias
até mesmo sem razão
por policiais
que dizem querer o bem da nação

Meu Brasil, brasileiro
onde todos são iguais
seguindo a constituição
mas a lei é diferente
e tem distinção
o dinheiro compra tudo
até a sua absolvição
mas se você é pobre
talvez vá para prisão

Meu Brasil, brasileiro
O país da biodiversidade
repleto de vegetação
sendo Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa e Pantanal
que por antrópica ação
sofre constantemente
com a sua destruição

Te daremos um exemplo
desta devastação
o Pantanal estava em chamas
que crítica situação
animais estavam morrendo
naquela região

Meu Brasil, brasileiro
povo desta nação
por favor me escute
e preste atenção
o futuro está
em nossas mãos

_Wilane Henrique

Recitação: 
Poema Apresentado no ConectArte, no dia 5 novembro de 2020.






quarta-feira, 21 de outubro de 2020

Se você me esquecer

Eu quero que você saiba de uma coisa
Você sabe como é:

Se eu olhar para a lua cristalina,
para o galho avermelhado do lento outono pela minha janela.
Se eu tocar, próximo ao fogo, a intocável cinza
ou o enrugado corpo da lenha,

tudo me leva a você,
Como se tudo o que existe: perfumes, luz, metais,
fossem pequenos barcos que navegam rumo às tuas ilhas que esperam por mim.

Bem, agora,
se pouco a pouco você deixar de me amar
eu deixarei de te amar, pouco a pouco.

Se, de repente, você me esquecer,
não me procure,
porque eu já terei te esquecido

Se você pensa que é longo e furioso o vento que passa pelas
velas da minha vida
e decidir me deixar na praia do coração, onde tenho raízes,
lembre-se:
que nesse dia, nesta hora, eu levantarei meus braços
e minhas raízes partirão para buscar outra terra.

Mas, se a cada dia, a cada hora,
você sentir que é destinada a mim,
com implacável doçura,
se a cada dia uma flor escalar os seus lábios à minha procura,

Aahh meu amor, aahh meu próprio eu,
em mim todo aquele fogo reacenderá,
em mim nada é extinto ou esquecido,
meu amor se alimenta do seu amor, amada.
E enquanto você viver, estará você em seus braços,
sem deixar os meus...

_Pablo Neruda

Ouça também a recitação do poema:



Veja também a recitação do poema " Meus Oito Anos" do ilustríssimo Cassimiro de Abreu:

Recitação dos meus poemas autorais:

segunda-feira, 12 de outubro de 2020

Ausência

Eu vou deixar que morra em mim,
O desejo de amar teus olhos que são doces,
Porque nada poderei te dar,
Senão a mágoa de me veres eternamente exausto.
No entanto, a tua presença é qualquer coisa como a luz e a vida
E eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto,
E em minha voz, a tua voz
Não te quero ter,
Porque em meu ser tudo estaria terminado,
Quero que só surjas em mim como a fé nos desesperados
Para que eu possa levar uma gota de orvalho nesta terra amaldiçoada,
Que ficou sobre a minha carne como uma nódoa do passado.
Eu deixarei,
Tu irás e encostarás tua face em outra face,
teus dedos enlaçarão outros dedos,
E tu desabrocharás para a madrugada.
Mas tu não saberás que quem te colheu fui eu,
Porque eu fui o grande íntimo da noite,
Porque eu encostei a minha face na face da noite, e ouvi sua fala amorosa,
Porque os meus dedos enlaçaram os dedos da névoa suspensos no espaço,
E eu trouxe até a mim, a misteriosa essência do teu abandono desordenado.
Eu ficarei só como os veleiros nos portos silenciosos
Mas eu te possuirei mais do que ninguém, porque poderei partir.
E todas as lamentações do mar, dos céus, das aves, das estrelas,
Serão a tua voz ausente,
A tua voz presente,
A tua voz serenizada 

_Vinicius de Moraes

sexta-feira, 9 de outubro de 2020

Vou eu casar um dia?

Entrar de mãos dadas na igreja.
Esperar com um sorriso nos lábios
A sua chegada num fato clássico
A desfilar entre o encarnado
E o espanto dos convidados.

Será que vou poder trocar votos
Num altar rodeado de rosas encarnadas?
Beijar os teus lábios
Como se fosse o primeiro encontro.
Sentir o meu coração explodir.

Sair da capela medieval
Sobre uma chuva de arroz
Sobre a proteção de arco-íris
Sobre a aceitação da sociedade.

E viver feliz para sempre
Longe de preconceito
Longe da intolerância
Longe das fobias.

_ Micael Gomes

Poeta Ambulante - Micael Gomes


quinta-feira, 1 de outubro de 2020

3ª Do Plural

Corrida pra vender cigarro
Cigarro pra vender remédio
Remédio pra curar a tosse
Tossir, cuspir, jogar pra fora

Corrida pra vender os carros
Pneu, cerveja e gasolina
Cabeça pra usar boné
E professar a fé de quem patrocina

Eles querem te vender
Eles querem te comprar
Querem te matar de rir
Querem te fazer chorar

[...]

Corrida contra o relógio
Silicone contra a gravidade
Dedo no gatilho, velocidade
Quem mente antes diz a verdade

Satisfação garantida
Obsolescência programada
Eles ganham a corrida
Antes mesmo da largada

Eles querem te vender
Eles querem te comprar
Querem te matar a sede
Eles querem te sedar

[...]

Engenheiros do Hawaii

terça-feira, 29 de setembro de 2020

O Eterno Recomeçar

Ao amanhecer
Enxergo o florescer
No acordar
Sorrio para a vida com um novo olhar
Posso desanimar
Mas lembrarei do caminhar

A cada passo um pilar
Como folhas a voar
Porém só o tempo saberá
Que as ondas do mar
Conduziram-me a escuridão do luar

Se a tristeza me abater
Lembrarei do meu vencer
Sempre a contemplar
O eterno levantar
O eterno recomeçar

Marlon Silva

segunda-feira, 21 de setembro de 2020

Meus oito anos

Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais!

Como são belos os dias
De despontar da existência!
– Respira a alma inocência
Como perfumes a flor;
O mar é – lago sereno,
O céu – um manto azulado,
O mundo – um sonho dourado,
A vida – um hino d’amor!

Que auroras, que sol, que vida,
Que noites de melodia
Naquela doce alegria,
Naquele ingênuo folgar!
O céu bordado d´estrelas,
A terra de aromas cheia,
As ondas beijando a areia
E a lua beijando o mar!

Oh! dias de minha infância!
Oh! meu céu de primavera!
Que doce a vida não era
Nessa risonha manhã!
Em vez das mágoas de agora,
Eu tinha nessas delícias
De minha mãe as carícias
E beijos de minha irmã!


Livre filho das montanhas,
Eu ia bem satisfeito,
Da camisa aberto o peito,
– Pés descalços, braços nus –
Correndo pelas campinas
À roda das cachoeiras,
Atrás das asas ligeiras
Das borboletas azuis!

Naqueles tempos ditosos
Ia colher as pitangas,
Trepava a tirar as mangas,
Brincava à beira do mar;
Rezava às Ave-Marias,
Achava o céu sempre lindo,
Adormecia sorrindo
E despertava a cantar!

[…]

Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
– Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais!

Este Poema faz parte do livro “As Primaveras”,  do Cassimiro de Abreu ,publicado em 1859.

sexta-feira, 28 de agosto de 2020

Acorrentado

A máscara estilhaçada
Destrói meu peito na alvorada
Lágrimas almejam pela liberdade
Clamam por solidariedade
Sou corrompido pela ambição
Pelas chamas da ilusão
           
Sou refém de mim mesmo
E sei o que mereço
A tolice se tornou um adereço
Desfaleço pelas garras
Formadas por feras
Que roubam a minha paz
E me lançam no tenaz

Marlon Silva.

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quinta-feira, 6 de agosto de 2020

imPOSSÍVEL

Vou contar os meus delírios
hoje me pus a delirar
Se os animais pensassem
dominariam este lugar
Se o mar fosse o céu
e o céu fosse o mar
Imagine quanta água
na terra iria jorrar
Se as pessoas parassem
e começassem a pensar
que não existe o impossível
o impossível não existirá

Vou contar os meus pensamentos
hoje me pus a pensar
sei que o mar não é o céu
e o céu não é o mar
Mas o impossível
só existe
se você acreditar

Wilane Henrique


terça-feira, 21 de julho de 2020

Ela vai de um extremo ao outro

 Ela vai de um extremo ao outro / Keiliane DL - Poeta Ambulante

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sábado, 11 de julho de 2020

O Sucumbir de Uma Rosa

Ao murchar de uma rosa
nascem outras mil
mas como aquela
ninguém nunca mais viu
Uma rosa tão triste
que a tristeza a consumiu
fazendo cair suas pétalas
em um lugar tão vil
e apagada pelas pegadas do tempo
muitos dizem que ela nem se quer existiu

Wilane Henrique

O Sucumbir de uma Rosa / Wilane Henrique - Poeta Ambulante

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quinta-feira, 9 de julho de 2020

Alphonsus de Guimaraens

Hoje iremos divulgar um dos poemas Alphonsus de Guimaraens um pseudônimo de Afonso Henrique da Costa Guimarães, um grande escritor brasileiro.

Afonso Henrique da Costa Guimarães


Ismália

Quando Ismália enlouqueceu,
Pôs-se na torre a sonhar...
Viu uma lua no céu,
Viu outra lua no mar.

No sonho em que se perdeu,
Banhou-se toda em luar...
Queria subir ao céu,
Queria descer ao mar...

E, no desvario seu,
Na torre pôs-se a cantar...
Estava perto do céu,
Estava longe do mar...

E como um anjo pendeu
As asas para voar...
Queria a lua do céu,
Queria a lua do mar...

As asas que Deus lhe deu
Ruflaram de par em par...
Sua alma subiu ao céu,

terça-feira, 7 de julho de 2020

O Ciclo das Rochas

Sobre rochas expostas de uma montanha
O intemperismo age e também a erosão
Do que se transforma, do que se ganha;
Tudo é transportado para uma depressão

Os sedimentos no chão que os compacta
Outrora uma rocha, enorme como andares...
Agora consolidada, não permanece intacta
Forma as rochas sedimentares

Porém essas rochas podem ser expostas
Ou metaformizar com os aumentos de temperatura pressão
Surge então, as rochas metamórficas
Que talvez um dia sofra ascensão

Mas se sofrer refusão, irá ascender
Derramar, como lavas de um vulcão
Talvez no interior permanecer
Resfriar,
E uma rocha plutônica originar
Poderá sofrer soerguimento e exposição
Participar de um novo processo de erosão

Eu quero dizer para quem eu possa
Este é o ciclo das rochas.

Gabriel Egidio do Carmo


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sábado, 4 de julho de 2020

Te Esqueci

Tu, que me assombras em pensamento 
Como espectro da imaginação 
Esqueço-te, quando lembro, 
De um dia ter-te em mim,
For-te tu, um dia, argúcia em sentimento, 
Contanto, agora, lembro-me que, 
em pensamento, já te esqueci.

Tu és vexame alucinatório, 
Lembro-me, quando, em outrora
Tu, em mim, for-tes quase tudo,
Mas, no quase tudo ficou, 
De alucinação com tempo cessa, 
O que não cessa, é  quando penso
 "Mas será que nunca deixo
De lembrar que te esqueci?"
        
J. Sousa

Facebook: Jefferson Sousa
Ig: j.sousa_misterio_

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quinta-feira, 2 de julho de 2020

Canção da guerra

Raios, trovões e tempestades
Precursores das grandes verdades
Sinfonia que paraliza as cidades
Liberta aqueles atras das grades

Perdição do forte
Dos justos o norte
Dos eruditos alforge
Para os covardes, a morte

Soam as trombetas no céu
Liberte os cães de guerra
Rasgue deliberadamente o véu
Purifique a terra

Reuna seus guerreiros,
Seus melhores arqueiros,
Consagre cavaleiros.
A guerra está para começar

João Pedro B. Prado


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sábado, 27 de junho de 2020

Solidão

Solidão / Keiliane DL - Poeta Ambulante
_ Keliane DL

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quinta-feira, 25 de junho de 2020

Hilda Hilst

Hoje iremos falar da Hilda de Almeida Prado Hilst, ou melhor Hilda Hist, uma poeta brasileira. 

Hilda Hilst
Poema do fim

A morte surgiu
intocável e pura.
Depois, teu corpo se alongou
inteiro sobre as águas.
Dos teus dedos compridos
estouraram flores
e ficaram árvores
ao sol.

Escorreguei meus braços
no teu peito sem queixa
e cobri meu corpo
com teu corpo de espuma.

Ainda ontem
os homens colheram as rosas
que nasceram de nós.

Veja também um dos poemas do Judas Isgorogota:
https://poetaambulantew.blogspot.com/2020/06/judas-isgorogota.html?m=0

terça-feira, 23 de junho de 2020

Oi, cá estou a refletir
Se terei êxito proseando por aqui
Se minha prosa afasta teu demônio
E almejar sucesso na arte é errôneo

Ademais me pego a matutar
Se a poesia que em mim veio habitar
E fez-se em meu âmago lírico girassol
Pelejando viver dela, serei pipa no cerol.

Witor

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link da postagem:
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quinta-feira, 18 de junho de 2020

Saudades

Saudades / Keiliane DL - Poeta Ambulante
_ Keiliane DL

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terça-feira, 16 de junho de 2020

Estamos em uma Pandemia

Estamos em uma pandemia
e uma coisa deu pra notar
que nem o calor de um abraço
podemos desfrutar

Estamos em uma pandemia
trancados em nosso lar
mas por favor reflitamos
nem todos têm um lugar para morar

Estamos em uma pandemia
mas muitos precisam trabalhar
enfrentar um vírus mortal
para família sustentar

Estamos em uma pandemia
e muitos não podem estudar
devido as desigualdades 
que este país está a nos apresentar

Estamos em uma pandemia
e não sabemos quando irá acabar
então por favor se cuide
para mais vidas poupar

(Wilane Henrique)

Dedicatória: Dedico este poema ao atual estado do Brasil e do mundo em relação ao Covid-19.

Estamos em uma Pandemia / Wilane Henrique - Poeta Ambulante


Para ver mais cards como esse acima, acesse:
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Veja também os poemas mais lidos:
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sexta-feira, 12 de junho de 2020

Eternos - Recitação



Para ler o Poema Eternos acesse:
https://poetaambulantew.blogspot.com/2019/12/eternos.html?m=0

Veja também as publicações mais recentes:
Judas Isgorogota
Ah o Amor!
Bom dia!

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quarta-feira, 10 de junho de 2020

Judas Isgorogota


O blog Poeta Ambulante inicia um novo quadro, o qual tem como objetivo divulgar poemas de autores da literatura brasileira, para que eles jamais caiam no esquecimento. Hoje iremos falar do Judas Isgorogota, um pseudônimo do poeta e jornalista brasileiro Agnelo Rodrigues de Melo.

Angelo Rodrigues de Melo

Segue abaixo um dos poemas de sua autoria:

O Herói

Papai, o que é um herói?
Eu pergunto porque tenho grande vontade de ser herói também ...
Será que posso ser herói sem entrar numa guerra?
Será que posso ser herói sem odiar os homens
E sem matar alguém?”
O homem que já sofrera as mais fundas angústias
E as mais feias misérias
Trabalhando a aridez de uma terra infecunda
Para que não faltasse o pão no pequenino lar;
O homem que as mais humildes ilusões perdera
No seu cotidiano e ingrato labutar;
Aquele homem, ao ouvir a pergunta do filho:
_ “Papai, o que é um herói?”
Nada soube dizer, nada pôde explicar...
Tomou de uma peneira
E cantando saiu, outra vez a semear!

(Judas Isgorogota)

sábado, 6 de junho de 2020

Ah o Amor!



O blog Poeta Ambulante apresenta a vocês o poema da nova ambulante poeta. Quer ter também a oportunidade de publicar aqui? É só entrar em contato conosco pelo seguinte email: ambulantepoeta@gmail.com

Veja também os poemas mais lidos:

terça-feira, 2 de junho de 2020

Bem Vindo!

Bem vindo a sociedade atual
onde o mundo
se baseia em uma rede social
Bem vindo a superficialidade
onde você não sabe
quem é de verdade
Bem vindo a crueldade
onde se encontra
tamanha maldade
Bem vindo a humanidade
onde também
existe bondade
Bem vindo ao mundo real
onde a loucura
é um caos total
mas por favor
não se torne normal

(Wilane Henrique)

terça-feira, 24 de março de 2020

Poema do Leitor

O blog Poeta Ambulante apresenta a vocês os poemas dos leitores. Quer também ter a oportunidade de publicar aqui? É só entrar em contato conosco pelo seguinte e-mail: ambulantepoeta@gmail.com.

O Eterno Florescer

Queria apenas te conhecer
E saber  que o viver é aprender
Queria nos teus braços correr
E aprender a crescer
Porém não sei viver
Só sei sobreviver

E nessa obscuridade do amanhecer
Penso só em desflorecer
Mais logo penso
E volto a florescer
Afinal a vida é bela
E com você tudo volta a florescer.
Marlon Silva

Fortalecer

Você me ensinou a viver
Mais também me ensinou a morrer
Você me despedaçou
E provou
Que posso me fortalecer
E crescer
Em mil pedaços
Tudo foi um estilhaço
Tento depender de mim mesmo
Para crecer e fortalecer.
Marlon Silva.

quinta-feira, 12 de março de 2020

O Caminho da Vida

Assim como um farol
a luz resplandece em meu olhar
Como uma cachoeira
me desatino a chorar
E nesse caminho da vida
começo a engatinhar
Dei meus pequenos passos
e hoje já sei andar

Assim como uma lagarta
vi meu corpo se transformar
Como um rio
o sangue se pôs a jorrar
E nesse caminho da vida
uma mulher está a se formar

Assim como um casal
comecei a me relacionar
Como uma planta
um fruto estou a esperar
E nesse caminho da vida
um filho irei gerar

Assim como uma mãe
de um filho tenho que cuidar
Como uma empresa
seu crescimento tenho que acompanhar
E nesse caminho da vida
vi meu filho um homem virar

Assim como o tempo passa
a idade acabou de chegar
Como uma música singela
a morte está a me tocar
E nesse caminho da vida
meus passos pararam de andar

Wilane Henrique

sexta-feira, 6 de março de 2020

Poema do Leitor

O blog Poeta Ambulante apresenta a vocês os poemas dos leitores. Quer também ter a oportunidade de publicar aqui? É só entrar em contato conosco pelo seguinte e-mail: ambulantepoeta@gmail.com.



Eclipse
Quando o nodo orbital dos nossos corações se fez presente, senti que estava coberto 
Na penumbra da paixão, apaguei-me para que se fizesse presente 
Alinhei-me à tua vida para que juntos fôssemos unidade 
Questionei me sobre a veracidade do calor naquele momento 
Constantes batalhas inconstantes travei para permanecer em tua órbita mental
Transmutei-me em tua sombra a fim de completar o ciclo total
Horas severas permaneci em guarda em face dos demasiados observadores
Não obstante minha dependência por ti, os minutos se passaram
As trevas acolhedoras foram realocadas, somente a irradiação lunar restou
Indicando a proximidade do novo amanhã 
Ciclo findado, permaneces, portanto, nas altitudes inconcebíveis 
Tu, meu amor, és, agora, do páramo meu ciclo raro
Meu perseguidor ambulante entre as lápides de palavras ceifadas pelo tempo

Matheus Henrique

Mulher 
A mulher que nasceu no ventre da desigualdade
Hoje clama por igualmente
A mulher que nasceu na raiz do preconceito
Hoje clama por direito
A mulher violentada 
Clama por justiça
A mulher "fragilizada"
Hoje é capacitada
A mulher manipulada
Hoje é doutorada
A mulher rejeitada 
Hoje é amada
A mulher tudo pode 
Só não pode lidar com o machismo que escraviza sua força

Marlon Silva

segunda-feira, 2 de março de 2020

A Arte da Injustiça - recitação -

Estamos iniciando um novo quadro aqui no blog, focado em recitação de poemas.
Confira abaixo o poema A Arte da Injustiça:



Veja também a versão escrita:

https://poetaambulantew.blogspot.com/2019/11/a-arte-da-injustica.html?m=1

Você deseja ter seus poemas publicados aqui blog? Entre em contato conosco pelo seguinte e-mail:
ambulantepoeta@gmail.com

Acesse também os mais vizualizados:


  1. Quem é você?
  2. O Preconceito tem Idade
  3. Queria Falar de Amor
  4. Eternos
  5. Nessa Embarcação da Vida

sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

Quem é você ?

Quem é você
nesse mundo de desilusão
onde uns se iludem
e outros plantam a semente da ilusão

Quem é você
que se destaca no meio da multidão
que vê o mundo como ele é
mas não se contamina por ele não

Quem é  você
que tem um grande coração
que ajuda sem esperar nada em troca
isso sim é uma boa ação

Quem é você
que me estende a mão
ilumina meu caminho
e me tira da escuridão

Quem é você?

...

Wilane Henrique

sábado, 18 de janeiro de 2020

O preconceito tem idade

O ser humano
em sua mediocridade
vem perdendo
a humanidade
ao praticar
o preconceito
sem se importar
com o impacto deste conceito

O preconceito
tem idade
raízes amargas
e arcaicas
tenhamos dignidade
para mudarmos
está realidade

...

Wilane Henrique